A qualquer um que procure será apresentada a mesma versão sobre o
surgimento do Brasil: os portugueses por aqui chegaram e deram de
cara com os índios.
Se a mesma pessoa resolver se aventurar pela história do Japão,
também será confrontada com o status quo que sustenta o
surgimento do primeiro japonês há cerca de trinta e cinco mil anos,
ainda no período Paleolítico.
O que não é apresentado em qualquer escola ou manual de História,
contudo, é a ligação entre o surgimento do estado japonês e a
chegada dos portugueses ao Brasil, mais especificamente à Zona da
Mata mineira, no município de Senhora dos Remédios. Chega a ser
vergonhoso o desdém da historiografia para com a verdade desse
momento tão decisivo na existência das duas nações.
Pense bem, se você tivesse que opinar sobre a origem da palavra
Japão e tivesse apenas duas opções, qual escolheria:
português ou japonês? Japão é uma palavra escancaradamente
lusitana.
Os primeiros japoneses ocupavam o que hoje é a comunidade do Japão,
pertencente ao município de Senhora dos Remédios localizado na Zona
da Mata, a aproximadamente cento e cinquenta quilômetros de Belo
Horizonte (https://pt.wikipedia.org/wiki/Senhora_dos_Remédios).
Viviam em harmonia com os índios apesar de não apreciarem seu
vestuário (ou a ausência dele). Segundo especialistas, a palavra
recalque tem origem Guarani (grupo indígena que mais próximo
vivia dos japoneses) e era empregada na descrição da atitude
japonesa. Posteriormente, Freud tomou conhecimento e “sequestrou”
o termo, associando-o à psicanálise, significação que suplantou a
original.
Assim como hoje, tratava-se de um povo trabalhador, higiênico,
tecnologicamente avançado e ordeiro. E por causa desse último
adjetivo, não havia sido necessário grandes investimentos em armas,
uma vez que os samurais eram mais que suficientes para manutenção
da ordem e da justiça.
Em 1500 o sossego acabou. Chegaram ao Brasil os portugueses, povo mal
educado e com péssimos hábitos de higiene e alimentação mas
detentores de uma tecnologia que mudaria o rumo da história do povo
japonês: armas de fogo. E quando os portugueses chegaram a Senhora
dos Remédios e posteriormente ao Japão, o massacre foi inevitável.
Teve início a emigração japonesa da Zona da Mata.
Quanto mais avançavam pelo território brasileiro, mais certeza os
japoneses tinham que o domínio português estaria em breve
consolidado. Decididos a não comungarem dos costumes sanitários
europeus, resignaram-se a deixar o Brasil. No entanto, com proeza
lógica já datada, entenderam que, em fugindo pelo Atlântico,
incorreriam no risco de cruzar com navios portugueses que, apesar de
porcos, por necessidade, eram competentes nas Ciências Náuticas.
Julgaram então que escapar pelo Pacífico seria a melhor opção.
Após algumas semanas de viagem, avistaram um pedaço de terra.
Estranharam o fato do terreno balançar tanto (ao contrário do que
se pensa, os terremotos no Japão suavizaram com o tempo), mas
julgaram aquele destino como de melhor sorte quando comparado à
contratação de serviçais para higienização das partes íntimas.
E assim teve início a Terra do Sol Nascente.
Por aqui, sobraram duas facções de japoneses: os que se renderam
aos portugueses e os que se aliaram a eles. Aos que se renderam
sobraram casamentos arranjados e escravidão consentida. Os que se
aliaram também precisaram jurar obediência, mas em troca da delação
de revoltosos receberam terras onde puderam reconstruir sua
comunidade dentro dos preceitos lusófonos. Essas terras hoje
constituem a comunidade do Jacu, pertencente a Carandaí (provas da
existência do local podem ser encontradas aqui:
http://www.camaracarandai.mg.gov.br/atividades/legislacao/LEIS%20ORDINARIAS.html).
A serra que divide as duas comunidades foi batizada Serra do Japão,
como um trocadilho da divisão do Japão em dois. Especialistas
defendem que a crítica à capacidade intelectual portuguesa, tão
difundida em nossa cultura, tem raízes nesse trocadilho.
Lançando mão de sua habilidade naval, os portugueses também
conseguiram chegar à ilha japonesa em 1543
(https://www.infopedia.pt/$chegada-dos-portugueses-ao-japao).
No entanto, fazendo bom uso de sua facilidade com tecnologias, os
moradores da ilha já haviam levado consigo algumas armas
portuguesas, realizado engenharia reversa das mesmas, melhorado o
sistema de mira e desenvolvido formações de guerra, o que lhes
permitiu rechaçar as investidas lusitanas e se isolar do mundo, só
retomando suas relações internacionais após o surgimento do
Supekutoruman (conhecido no Brasil como Spectreman:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Spectreman),
o primeiro padroeiro do país.
Essa é a real história do Japão e de sua origem brasileira.
p.s. O termo “nipônico” utilizado para denominar
aquilo que se refere ao Japão também tem origem Guarani. Os índios
dessa tribo que habitavam terras próximas ao Japão brasileiro
emigraram da região de Mariana, primeira capital de Minas Gerais. O
povo daquela cidade é conhecido por utilizar um dialeto que
acrescenta a preposição “ni” à língua portuguesa (ex.: ao
invés de dizerem “… dá em árvore” dizem “… dá ni
árvore”).

